sexta-feira, 12 de novembro de 2010

A VINGANÇA DO FEITICEIRO

O caso do espírito de Cideville, em França, passou-se entre a Igreja como instituição e um simples camponês, e o julgamento não explicou vários episódios estranhos.

Em Fevereiro de 1851, o sacerdote da aldeia de Cideville censurou a família de um velho que estava gravemente doente por consultar um pastor local que tinha reputação de curandeiro e mago. O sacerdote troçou do homem devido aos seus métodos primitivos, sem saber que ele estava escondido dentro da casa. Quando o sacerdote saiu, o feiticeiro, zangado, jurou que havia de se vingar. Quando mais tarde foi preso por outra razão, o pastor pediu a Thorel, também pastor e feiticeiro, que o vingasse.

Pouco tempo depois, Gustave Lemonnier, de 12 anos, e Clément Bunel, de 14, os dois alunos do sacerdote, dirigiam-se à casa paroquial para as suas lições da tarde. Desencadeou-se de súbito uma tempestade fortíssima e ouviram-se pancadas violentas por toda a casa. Passados uns momentos, tudo ficou calmo, ouvindo-se apenas estranhas pancadinhas nas paredes do escritório.

Os sons continuararn durante vários dias, e eram tão fortes que se ouviam na outra extremidade da aldeia, a uma distância de 1,5 km. Depois, a situação piorou. A mobília movia-se sozinha; os cães eram atirados ao ar, pedaços de carvão, espalhados pela casa. O livro de orações do sacerdote levantou voo e depois aterrou suavemente. Todas as vidraças da casa paroquial se partiram.

Fazendo perguntas para serem respondidas por pancadas – uma para «sim», duas para «não» –, os aldeãos ficaram a saber que um demónio chamado Robert e quatro outros espíritos estavam a viver naquela casa. Quando as pessoas se aproximavam de forma amigável, Robert lia os pensamentos dos presentes e profetizava acontecimentos futuros. Milhares de testemunhas presenciaram essas estranhas ocorrências.

O sacerdote acusou Thorel de ter provocado os problemas, e os aldeãos persuadiram este a processar o sacerdote por difamação. Apareceram 42 testemunhas durante a audiência. Muitas sentiam-se embaraçadas em falar acerca do que tinha acontecido, mas o advogado de Thorel encorajou-as, esperando pôr a ridículo toda a situação. A táctica falhou. O tribunal convenceu-se da seriedade dos episódios relatados, e muitas testemunhas confirmaram que Thorel se gabara publicamente de que tinha de facto conjurado tudo o que sucedera – ruídos, mobília em movimento, janelas estilhaçadas.

O juiz decidiu que, por Thorel ter confessado a sua responsabilidade, não tinha base de acusação contra o sacerdote, devendo por isso pagar as custas do julgamento. A determinação da causa das ocorrências não era assunto para os tribunais. E quando os dois rapazes deixaram de frequentar a casa paroquial, os problemas cessaram.

http://www.villamaria2.hpg.com.br/mitos/poltergeists.htm#A bruxa

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